Dia Internacional da Mulher
As super diretoras da CDL Brusque. Há mais de 20 anos, as empresárias Eni Terezinha Barni e Claudete Willrich Sani se decidam ao associativismousque
Publicado em 08/03/2018 - Atualizado em 26/01/2024
Em 2019, a Câmara de Dirigentes Lojistas de
Brusque – CDL Brusque, comemora 50 anos de fundação. E, durante esse período,
duas mulheres se destacaram na diretoria da entidade. Eni Terezinha Barni e
Claudete Willrich Sani são essas empresárias destemidas e inspiradoras que,
além das atribuições pessoais e profissionais, acreditam no espírito
associativista e contribuem, decisivamente, para o desenvolvimento do comércio
e da comunidade.
Faz cerca de 30 anos que Eni recebeu o convite para participar do Sindicato Patronal e se tornou a primeira diretora da entidade. Esse envolvimento inicial, no entanto, lhe rendeu ainda mais um convite: um cargo na direção da CDL Brusque.
“Relutei um pouco, refleti bastante. Mas pensei que era hora de fazer uma mudança. Acreditei que, como mulher, poderia mudar a cara das entidades para melhor, além de buscar motivação para o crescimento. Mulher é muito mais amor e tudo precisa de amor. Mas o homem nem sempre tem essa facilidade de colocar amor em tudo o que faz. Então isso agrada eles, agrada os consumidores. O amor agrada qualquer pessoa”, conta a Eni.
Talvez seja uma característica natural de quem aprendeu a conciliar múltiplas habilidades. O fato é que a mulher também tem bastante facilidade de unir e apaziguar situações, ainda que relacionadas ao mundo dos negócios. “Ela é conciliadora, consegue enxergar um pouco além. A mulher que sabe se posicionar conquista seu espaço e pode revolucionar qualquer coisa porque sempre coloca à frente o ser, e não o ter”, acrescenta Eni.
Apesar de por um bom tempo ser a única mulher entre os diretores, a empresária garante que nunca foi desrespeitada. Muito pelo contrário. “Já discordaram da minha opinião. Já recebi e aceitei não como resposta. Também já recebi muito sim. Meu único foco sempre foi a defesa do lojista”, enfatiza.
Nesta proximidade do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, Eni destaca a contribuição que as mulheres empresárias dão para o comércio de Brusque e região. O bom gosto parece mesmo ponto forte do espírito feminino. “Na minha loja, quem escolhe sapatos não é nenhum homem. Sou eu e as minhas filhas. Aqui na cidade temos lojas tão boas comandadas por mulheres. E temos também estilistas que criam a moda”, observa.
Apesar do expressivo número de empreendedoras, a participação em entidades de classe ainda é baixa. O principal motivo, segundo Eni, é a falta de tempo. “Eu entendo. Realmente a mulher não tem tempo porque faz muito mais coisas do que os homens. Ela cuida da casa, dos filhos, do trabalho. Tanto que, na época em que seu Eleutério Graf era presidente da CDL Brusque, sugeri a compra de uma sineta para controlar o tempo da reunião. Normalmente é servido um coquetel no final e os diretores continuam lá. Eu sempre saio correndo”, explica Eni.
Durante muitos anos a empresária recebeu convite para se tornar a primeira mulher presidente da CDL Brusque, mas nunca aceitou. Antes de tomar decisões, Eni costuma refletir sobre o impacto da escolha e, nesse caso, teria que abrir mão do pouco tempo que já tem para se dedicar à família. Ela nunca almejou o cargo e, tampouco, se importa com títulos. Por isso, permanece como suplente, na “lanterninha do negócio” como descreve. Faz a diferença em silêncio.
“O envolvimento com a CDL Brusque trouxe conhecimento. Tenho outra visão sobre como a entidade funciona e a importância que ela tem para o comércio”, salienta.
Entre as principais memórias destes 30 anos de atuação no associativismo, Eni destaca a conquista do Centro Empresarial, o show de prêmios sorteado pela CDL Brusque nas campanhas de Natal e a realização do Sábado Fácil, cujo nome foi sugestão de uma de suas filhas e aprovado pela diretoria da entidade.
Trabalhar é bom
Faz 20 anos que a empresária Claudete Willrich Sani recebeu o convite de Eni para se tornar diretora da CDL Brusque. Logo nas primeiras reuniões ela passou a se identificar com o trabalho realizado, sobretudo por discutir assuntos relacionados à cidade, ao Centro de Brusque e aos bairros do município. Na época, o presidente era Eleutério Graf, além de diretores como os empresários Vanderlei de Limas, Luciano dos Santos e Ademar Sapelli.
“É uma turma bacana, nunca tive problemas. No começo estava descobrindo o ambiente, me sentia um pouco acanhada em dar opinião. Depois, passei a participar mais, trocar ideias e experiências com outros diretores e participei de convenções estaduais e nacionais. Aprendi que na mesma reunião há opiniões diferentes, mas, juntos, seguimos a mesma direção”, lembra Claudete.
Assim como Eni, ela tem a certeza de que Brusque concentra grandes empreendedoras e lamenta a baixa participação do público feminino nas atividades associativistas. “Sinto falta de mais mulheres na diretoria, embora entenda a condição de cada uma. O nosso trabalho nunca termina. Não são apenas às 8h na empresa. As tarefas continuam em casa, no cuidado com os filhos. Às vezes é difícil sair para uma reunião, ainda que uma vez por mês”, acrescenta.
Para Claudete, nem todas as mulheres entendem os benefícios e o crescimento pessoal e profissional trazido por esse tipo de envolvimento. “É diferente de estar sempre com o mesmo grupo, com as mesmas pessoas, com as mesmas ideias. Quando a gente participa de encontros, palestras e jantares, conversa com pessoas até de ramos diferentes e novas ideias surgem. Também tomamos conhecimento de situações difíceis e que podem ser ajudadas através da CDL”, destaca.
Assim como Eni, Claudete gosta de acreditar que sua presença faz diferença na direção da entidade. Segundo ela, a mulher coloca mais emoção nos projetos que abraça e geralmente mantém a calma em diálogos mais acalorados. Talvez por isso ela já tenha recebido o convite para ser presidente da entidade, mas, por questões pessoais, precisou declinar.
“Quem sabe no futuro. Gostaria de ser a primeira mulher presidente da CDL Brusque. Já fui em convenções e conheci várias mulheres que ocupam este cargo. Quem sabe algum dia dá certo”, projeta.
De acordo com a diretora, o principal desafio do associativismo, independente de ser homem ou mulher empresária, está na confiança da categoria em fazer a diferença através da união. Muitos têm medo de expor suas limitações e potencialidades porque temem a fragilidade diante da concorrência, sem entender que a proposta é construir um cenário no qual o setor se fortaleça e todos ganhem.
Entre as principais conquistas que Claudete vivenciou na CDL Brusque, ela destaca a construção do Centro Empresarial, a doação de todo o sistema de câmeras de vigilância para a Polícia Militar e o parcelamento do ICMS de dezembro nos meses de janeiro e fevereiro – esta última via CDL Estadual.
Neste Dia Internacional da Mulher, Claudete deixa um recado para as lojistas. “Gosto de ser empresária. Quando era pequena, minha mãe dizia para ter uma profissão e não depender de ninguém. Sempre ajudei na farmácia. Depois fui estudar fora, mas, nas férias, estava sempre trabalhando. Aprendi que trabalhar é bom, seja passando um pano no chão ou medindo a pressão arterial de uma pessoa no carro. Porque a mulher empresária é assim: ela faz o que é preciso”, finaliza.
Fonte: Assessoria de Imprensa CDL
Faz cerca de 30 anos que Eni recebeu o convite para participar do Sindicato Patronal e se tornou a primeira diretora da entidade. Esse envolvimento inicial, no entanto, lhe rendeu ainda mais um convite: um cargo na direção da CDL Brusque.
“Relutei um pouco, refleti bastante. Mas pensei que era hora de fazer uma mudança. Acreditei que, como mulher, poderia mudar a cara das entidades para melhor, além de buscar motivação para o crescimento. Mulher é muito mais amor e tudo precisa de amor. Mas o homem nem sempre tem essa facilidade de colocar amor em tudo o que faz. Então isso agrada eles, agrada os consumidores. O amor agrada qualquer pessoa”, conta a Eni.
Talvez seja uma característica natural de quem aprendeu a conciliar múltiplas habilidades. O fato é que a mulher também tem bastante facilidade de unir e apaziguar situações, ainda que relacionadas ao mundo dos negócios. “Ela é conciliadora, consegue enxergar um pouco além. A mulher que sabe se posicionar conquista seu espaço e pode revolucionar qualquer coisa porque sempre coloca à frente o ser, e não o ter”, acrescenta Eni.
Apesar de por um bom tempo ser a única mulher entre os diretores, a empresária garante que nunca foi desrespeitada. Muito pelo contrário. “Já discordaram da minha opinião. Já recebi e aceitei não como resposta. Também já recebi muito sim. Meu único foco sempre foi a defesa do lojista”, enfatiza.
Nesta proximidade do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, Eni destaca a contribuição que as mulheres empresárias dão para o comércio de Brusque e região. O bom gosto parece mesmo ponto forte do espírito feminino. “Na minha loja, quem escolhe sapatos não é nenhum homem. Sou eu e as minhas filhas. Aqui na cidade temos lojas tão boas comandadas por mulheres. E temos também estilistas que criam a moda”, observa.
Apesar do expressivo número de empreendedoras, a participação em entidades de classe ainda é baixa. O principal motivo, segundo Eni, é a falta de tempo. “Eu entendo. Realmente a mulher não tem tempo porque faz muito mais coisas do que os homens. Ela cuida da casa, dos filhos, do trabalho. Tanto que, na época em que seu Eleutério Graf era presidente da CDL Brusque, sugeri a compra de uma sineta para controlar o tempo da reunião. Normalmente é servido um coquetel no final e os diretores continuam lá. Eu sempre saio correndo”, explica Eni.
Durante muitos anos a empresária recebeu convite para se tornar a primeira mulher presidente da CDL Brusque, mas nunca aceitou. Antes de tomar decisões, Eni costuma refletir sobre o impacto da escolha e, nesse caso, teria que abrir mão do pouco tempo que já tem para se dedicar à família. Ela nunca almejou o cargo e, tampouco, se importa com títulos. Por isso, permanece como suplente, na “lanterninha do negócio” como descreve. Faz a diferença em silêncio.
“O envolvimento com a CDL Brusque trouxe conhecimento. Tenho outra visão sobre como a entidade funciona e a importância que ela tem para o comércio”, salienta.
Entre as principais memórias destes 30 anos de atuação no associativismo, Eni destaca a conquista do Centro Empresarial, o show de prêmios sorteado pela CDL Brusque nas campanhas de Natal e a realização do Sábado Fácil, cujo nome foi sugestão de uma de suas filhas e aprovado pela diretoria da entidade.
Trabalhar é bom
Faz 20 anos que a empresária Claudete Willrich Sani recebeu o convite de Eni para se tornar diretora da CDL Brusque. Logo nas primeiras reuniões ela passou a se identificar com o trabalho realizado, sobretudo por discutir assuntos relacionados à cidade, ao Centro de Brusque e aos bairros do município. Na época, o presidente era Eleutério Graf, além de diretores como os empresários Vanderlei de Limas, Luciano dos Santos e Ademar Sapelli.
“É uma turma bacana, nunca tive problemas. No começo estava descobrindo o ambiente, me sentia um pouco acanhada em dar opinião. Depois, passei a participar mais, trocar ideias e experiências com outros diretores e participei de convenções estaduais e nacionais. Aprendi que na mesma reunião há opiniões diferentes, mas, juntos, seguimos a mesma direção”, lembra Claudete.
Assim como Eni, ela tem a certeza de que Brusque concentra grandes empreendedoras e lamenta a baixa participação do público feminino nas atividades associativistas. “Sinto falta de mais mulheres na diretoria, embora entenda a condição de cada uma. O nosso trabalho nunca termina. Não são apenas às 8h na empresa. As tarefas continuam em casa, no cuidado com os filhos. Às vezes é difícil sair para uma reunião, ainda que uma vez por mês”, acrescenta.
Para Claudete, nem todas as mulheres entendem os benefícios e o crescimento pessoal e profissional trazido por esse tipo de envolvimento. “É diferente de estar sempre com o mesmo grupo, com as mesmas pessoas, com as mesmas ideias. Quando a gente participa de encontros, palestras e jantares, conversa com pessoas até de ramos diferentes e novas ideias surgem. Também tomamos conhecimento de situações difíceis e que podem ser ajudadas através da CDL”, destaca.
Assim como Eni, Claudete gosta de acreditar que sua presença faz diferença na direção da entidade. Segundo ela, a mulher coloca mais emoção nos projetos que abraça e geralmente mantém a calma em diálogos mais acalorados. Talvez por isso ela já tenha recebido o convite para ser presidente da entidade, mas, por questões pessoais, precisou declinar.
“Quem sabe no futuro. Gostaria de ser a primeira mulher presidente da CDL Brusque. Já fui em convenções e conheci várias mulheres que ocupam este cargo. Quem sabe algum dia dá certo”, projeta.
De acordo com a diretora, o principal desafio do associativismo, independente de ser homem ou mulher empresária, está na confiança da categoria em fazer a diferença através da união. Muitos têm medo de expor suas limitações e potencialidades porque temem a fragilidade diante da concorrência, sem entender que a proposta é construir um cenário no qual o setor se fortaleça e todos ganhem.
Entre as principais conquistas que Claudete vivenciou na CDL Brusque, ela destaca a construção do Centro Empresarial, a doação de todo o sistema de câmeras de vigilância para a Polícia Militar e o parcelamento do ICMS de dezembro nos meses de janeiro e fevereiro – esta última via CDL Estadual.
Neste Dia Internacional da Mulher, Claudete deixa um recado para as lojistas. “Gosto de ser empresária. Quando era pequena, minha mãe dizia para ter uma profissão e não depender de ninguém. Sempre ajudei na farmácia. Depois fui estudar fora, mas, nas férias, estava sempre trabalhando. Aprendi que trabalhar é bom, seja passando um pano no chão ou medindo a pressão arterial de uma pessoa no carro. Porque a mulher empresária é assim: ela faz o que é preciso”, finaliza.
Fonte: Assessoria de Imprensa CDL