Vendas do comércio varejista tiveram um crescimento de 1,6% no acumulado do ano

CDL Brusque divulga panorama do Comércio em 2023 da CNDL

Vendas do comércio varejista tiveram um crescimento de 1,6% no acumulado do ano

Publicado em 20/12/2023 - Atualizado em 07/02/2024

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Segundo o Panorama do Comércio, publicado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a atividade econômica surpreendeu em 2023, apesar da projeção apontar crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) abaixo de 1%, já no primeiro trimestre os dados observados indicavam um ritmo de crescimento melhor, com forte impulso do setor agropecuário. De acordo com os dados, houve uma melhora na confiança do consumidor, o que pode favorecer o consumo.

Segundo o levantamento, os dados do PIB mostram que, nos três primeiros meses de 2023, na comparação com o mesmo período de 2022, o avanço da atividade econômica foi de 3,2%. Apesar de não contar com os números do último trimestre do ano, as projeções atualizadas apontam para um crescimento de 2,8%.

Embora o início de ano tenha apresentado um crescimento expressivo, as vendas perderam dinamismo a partir do 2º trimestre. Conforme aponta a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados iniciais do último trimestre de 2023, as vendas do comércio varejista tiveram um recuo de 0,3%, na comparação com o mês imediatamente anterior. Já o chamado varejo ampliado, que inclui todas as atividades, registrou queda de 0,4%.

No acumulado do ano, que compara as vendas de janeiro a outubro de 2023 com o mesmo período de 2022, as vendas do comércio varejista cresceram 1,6%, enquanto as vendas do varejo ampliado avançaram 2,4%.

Vendas do comércio por segmento

De acordo com o IBGE, de janeiro a outubro, o segmento de “Veículos, motocicletas, partes e peças” registrou a maior alta, de 7,3%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em seguida, aparece o segmento de “Combustíveis e lubrificantes”, com alta de 4,9%. Logo após aparecem “Artigos médicos e farmacêuticos” e “Supermercados e Hipermercados”, com 4,3% e 3,3% respectivamente.

Já entre os maiores recuos aparece o segmento de “Vestuário e calçados”, com uma queda de 6,7% no volume de vendas.

Indicador de Confiança do Comércio

Conforme mostram os dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Indicador de Confiança do Comércio, alcançou a máxima pontuação no mês de junho, com 94,2 pontos e sua mínima em novembro, com 86,5 pontos, após três meses de recuo.

Observa-se que o primeiro semestre do ano foi de recuperação da confiança, enquanto o segundo foi de recuo. Mas apesar da queda, o atual patamar do índice segue acima do registrado no início do ano, que era de 82,8 pontos.

Expectativas para 2024

As primeiras projeções indicam que, sem o impulso extraordinário do Agro, o crescimento do PIB deverá ser de 1,5%. Para a inflação, a perspectiva é de desaceleração, embora as previsões mostram que o ritmo de crescimento dos preços permanecerá acima da meta.

Confirmada a expectativa de desaceleração da inflação, ainda que lenta, a taxa básica de juros poderá chegar ao final de 2024 abaixo de 10%.

(*Mais informações: https://site.cndl.org.br/ )